24 de maio de 2016

Flores de cemitério.

É um vazio. Corre nas minhas veias, é aquela frase que o destino escolheu para mim, um modo de vida que não escolhi, mas nasceu em mim. Um buraco negro super absorvente que suga todas as energias positivas que sinto em mim. Cheia de egocentrismo. Cheia de mim. Cheia de tudo o que me faça sentir. Já não me aguento.
É um vazio.
Perdi as cores da vida. Sinto-me como uma flor de cemitério. Um efeito para embelezar a tristeza e cravar a dor nas nossas vidas. Apenas uma lembrança bonita do que já foi e nunca mais voltará a ser.
Uma exaustão cobre o meu corpo, rouba a minha alma com uma frieza incalculável. Após o apocalipse, todas as dores são suportáveis.
O vazio é pesado. Custa a carregar.
Com a coluna torta, caminho pelos becos sem saída em que me meto e vou até onde a coragem de sentir me permite ser.
Que no meio de todas as flores eu encontre o meu jardim.

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«O teu anjo da guarda fala pela boca daquela mulher, que não tem mais inteligência que a do coração, alumiada pelo seu amor.»