20 de maio de 2013

01:31

Sem sono, cá estou eu a pensar em ti, a respirar o cheiro das saudades que tenho tuas. Um dia meu amor, apenas um dia e fico assim, nervosa, ansiosa, desejosa dos teus beijos, desses teus braços, de estar deitada na tua cama, quieta, apenas a saborear o vento a entrar pela tua janela e mandar fora o fumo que sai das nossas bocas, como se fosse a chama a arder dentro de nós. Não te sei explicar, porque penso na vida, nem porque vivo tanto esta era de sentimentos que tenho, não sei mesmo explicar. O fumo do contentamento que nem desconte está, mesmo que seja um dia menos bom, nada impede que o amanhã seja melhor. Clichés, dizem eles e elas como se não pensassem o mesmo de toda esta situação em que o mundo está. Não me atrevo a falar da economia num texto de semi-amor, mas posso falar da maneira como tu olhas para mim e logo de seguida me lês a alma, quase tão facilmente como é respirar. Estranho, quase que podia arriscar em dizer que és a minha cara metade que andou perdida no mundo tal como eu, que és o amor que eu sempre tentei encontrar, interessante, engraçado talvez, eu deixei de te procurar. Vivi todos os amores e desamores que a  vida me deu, vivi todas as perdas vendo o meu coração a apodrecer e perder a melhor qualidade que havia em mim, a inocência. E foi assim que tudo mudou, tu apareces e fico como que curada da vida. Ensinas-me tudo de novo, vivo algo que nunca tinha vivido e saboreio algo novo. Sinto que te digo isto todos os dias, mas tu dás-me vida. Contigo eu consigo sentir o que é voar sem tirar os pés da terra, sei o que é sonhar sem perder a noção da realidade. És as minhas asas e os meus sonhos tornados realidade.

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«O teu anjo da guarda fala pela boca daquela mulher, que não tem mais inteligência que a do coração, alumiada pelo seu amor.»