13 de agosto de 2015

O sujeito que eu escondi: I

Quem sou eu?
Sou um monte de ganzas fumadas, outras mal apagadas, uma nuvem negra nos pulmões e uma série de viagens alucinantes por ai.
Mas isso sou eu, ou é parte da minha história? Somos mesmo as nossas atitudes ou os nossos pensamentos? Porque sejamos sinceros, nem sempre somos o que pensamos e nem sempre agimos como gostamos, mas isso será o que somos?
Somos...
Sou, os meus sonhos mais profundos, sou os meus medos e inseguranças. Sou forte quanto tenho de ser, mesmo que faça batota para ganhar esses colhões que não tenho, mas força e persistência não me faltam. Sou lamechas e ao mesmo tempo odeio esses clichés. Por vezes sinto-me hipócrita, idiota. Contraditória e isso vai criando dúvidas. Dúvidas do que sou, de quem sou, de como afinal sou. É uma constante mudança, um dia adoro azul, no próximo já só quero branco e preto.
Sou a Joana, Joo, Panda Chinesa, Alice e Mamã Panda, tudo numa só.
Uns dias a mais simpática e encantadora princesa e noutros a mais amarga bruxa dos contos de fadas. Mas... quem não é assim? Não seremos todos iguais no final disto tudo? Só que uns com a coragem de se assumir e outros com medo de o fazer.
Sou um molho de rastas desfeitas por falta de coragem de manter quem gosto de ser. Ou quem eu acho que devo ser! Sou o meu sorriso e as minhas lágrimas.
Sou Humana porra. Sinto, penso, desejo, amo, odeio. Tudo, num só corpo.
Corpo ou alma? Eu sinto que sou a alma e que o corpo é apenas um meio de chegar aos meus fins. Adoro o toque e o cheiro que o amor arrasta em mim. Adoro simplesmente.
Gosto de me elevar, gosto de sentir a natureza a entrar em mim com um impacto que me leva a outra dimensão.
Estranho, incerto, curioso, obscuro.
No fundo somos quem escolhemos ser, todos os dias alguém diferente, com uma história diferente para relatar e memorizar. Extrair e inspirar todos os dias o nosso espírito para um novo rumo. Porque podemos ser simplesmente tudo e nada. Podemos apenas ser um corpo, uma alma, ou os dois juntos, numa união que ultrapassa os limites possíveis ao olhos vivos, mas que se sente de uma forma intocável. 
Somos quem somos. 

2 comentários:

  1. Joana, Joo, Panda Chinesa, Alice e Mamã Panda, espero muito bem que te mantenhas fiél às tuas convicções e àquilo que tu és, na tua essência mais profunda e complexa. Pessoas como tu fazem falta ao mundo porque o nosso planeta está cheio de cópias e tu, tu és a diferença. Nunca desistas de ser quem és e nunca deixes de te destacar dos que te rodeiam. Pode doer-te, deixar-te triste, com medo e insegura, mas acredita que quem está mal é quem não se sabe afirmar e quem prefere seguir a corrente. Não te esqueças que apenas os peixes mortos fazem isso :)

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  2. Somos o que somos, e tu és todos os ideais que defende,s que acreditas, que persegues. És a imagem da liberdade e da espontaneidade, de quem se sente bem com quem é. Pelo menos é o que deste lado vejo de ti.

    Beijinho

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«O teu anjo da guarda fala pela boca daquela mulher, que não tem mais inteligência que a do coração, alumiada pelo seu amor.»