Mostrar mensagens com a etiqueta alicenopaisdasmaravilhas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta alicenopaisdasmaravilhas. Mostrar todas as mensagens

19 de maio de 2015

Orange,

gostava muito de um dia ter coragem de dizer na tua cara o quanto me desiludiste, talvez não tenhas desiludido, provavelmente eu não soube onde era o meu lugar na tua vida. Tomei-te por verdadeiro e realmente eterno na minha vida, a única coisa que eu queria era que, foda-se tivesses dito que assim que a pessoa que era realmente a tua melhor amiga quando voltasse eu iria ser posta num cantinho, que de vez em quando serve para alguma coisa. Depois de tudo, de tudo o que fizemos juntos, de tudo o que passamos, depois de todas as aventuras em que nos metemos apenas com o propósito de nos ajudarmos mutuamente, sonhava eu.  Só queria que tivesses sido meu amigo, o meu companheiro, a pessoa que via filmes comigo até tarde só porque sim, nunca te quis de outra forma, nunca pensei em ti se quer de outra forma. Mas, mesmo assim, a minha amizade para ti não pareceu ser o suficiente, ou talvez, eu fosse só a substituição, a actriz que fica com o papel da principal só quando a principal se tem de ausentar. Tantas vezes, entre brincadeiras eu te disse que me ias deixar de lado, tu ri-as e dizias "oh Alice, para lá de ser parva", e olha bem para onde caminhamos. Um contra o outro. E eu levava-te tão a sério, foste tão importante para mim, fiz tanto para te ver com o mínimo sorriso possível e tu, tal como todos os outros que nos rodeavam, quando eu realmente precisei souberam trancar-me a porta e deixar-me sem a chave de casa. Mas sabes porquê que és o único que realmente leva com todos estes baralhos? Porque foste o único que prometeu nunca me abandonar. E agora pergunto, onde estás tu agora?

5 de dezembro de 2014

R.i.P. Alice in the drugsworld.

Morreu a Alice que havia em mim. Foi uma tentativa de homicídio que acabou em suicídio. É estranho, talvez, as saudades são mais que muitas, só que já não há nada mais a fazer por ela, por mim e por nós. Um nós que talvez nunca tenha existido e sim criado por mim, na ilusão da eternidade que agora chegou ao fim. Não choro, sou um zombie. Não sorriu, sou uma estátua, mas respiro, isso fará de mim alguém que vive ou sobrevive? Achei que me tinha encontrado no dia em que conheci aqueles a quem chamei de irmãos. Os que mais amei, os que mais quis perto de mim. Despeço-me com uma enorme saudade, com um enorme carinho que outrora existiu.